quinta-feira, 16 de setembro de 2010

JORNALISMO:Brasil e Alice no país das maravilhas!

                                                                                                                

Em época de eleição, o Brasil aparece lindo nas propagandas eleitorais. Tão lindo que às vezes  supera a beleza de Alice nos país das maravilhas.São hospitais inaugurados, escolas bem equipadas, policiais sorrindo e bem fardados ( todos com colete e bem munidos), são idosos alfabetizados e com o bolsa família, e até um mini carnaval com um oba-oba de que está tudo bem quando não está ! Tudo muito lindo, “prosperando” e “progredindo” esse é o mundo visível. Aquele que assistimos na televisão (nas propagandas eleitorais). Assim as pessoas se empolgam com o que vêem e logo registram no cérebro que o país não precisa de mudança nas lideranças políticas, pois tudo está lindo sob seu comando.

Por outro lado, vem outro candidato e de maneira bem inteligente  diz que é muito fácil, mostrar o que há de belo (o país de Alice) e esconder o lado obscuro, ou usando da retórica, o lado do mundo inteligível. Este último é o mundo que compreendemos, mas para compreendê-los precisamos investigá-los. E é ai que saímos da caverna e nos deparamos com o descumprimento categórico dos quatro verbos que resumem os objetivos do Brasil que são: construir, garantir, erradicar, reduzir e promover. Está lá, em nossa Constituição Federal em seu artigo 3º com uma linguagem bem simples para todos aqueles que saibam ler e escrever não tenha dificuldade de compreender (com exceção dos analfabetos funcionais, que aguardam políticas públicas para poder ter acesso a educação de maneira eficaz).

Atendo-se aos verbos erradicar e reduzir, o objetivo do Brasil é erradicar a pobreza e reduzir  a marginalização e  as desigualdades sociais e regionais. Mas, será mesmo que há um interesse em erradicar a pobreza? Se erradicar significa eliminar, é muito improvável que qualquer governo de nosso país queira combatê-la até esse limite, pois sem pobreza, sem argumentos para se eleger. A pobreza é usada de todos os lados como a garantia e principal elemento persuasivo dos políticos que desejam viver com o dinheiro do cidadão brasileiro.

A pobreza não está tão somente no discurso dos candidatos a cargos eletivos ( como Lula que transfere seu estado de ex - pobre( como uma manobra psicológica ) para sua candidata Dilma e assim, conquistar os votos da maioria dos pobres da sociedade Brasileira  ).Ela está também, na escolha dos cidadãos usados por estes políticos e por todos que já estão no poder, para levar ao ár à necessidade de se eleger o candidato x, pois ele já se identificou de alguma forma com a condição de pobre (teve tios, parentes, amigos que foram ou são pobres)  e que por conhecê-la será capaz de eliminá-la.Assim a corrente do mesmo argumento ( a pobreza ) será usado por anos e anos, enraizada nas propagandas eleitorais até que as pessoas acordem e saíam da caverna para enxergarem o mundo inteligível.

Será isso possível ?

Precisamos desenvolver uma atitude de sair do senso comum ( aceitar as coisas como nos são colocadas ) e projetar nosso cérebro para questionar: o que é? Porque é? Como é ? e acima de tudo interrogar a nós mesmos, indagando nossa essência.Temos a política que elegemos e por conseqüência as políticas públicas que merecemos, pois todo poder emana do povo.

Então, reflitam !

Ísis Nogueira

2 comentários:

  1. Ok, Isis. Li, vc tem bom texto e considero muito importante, MESMO, discutir política. Afinal, somos todos, queiramos ou não políticos - pois vivemos na polis, cidade, comunidade em grego. Sobre as premissas em que vc baseia seus os seus argumentos... Fica para outra ocasião.
    Continue escrevendo e defendendo suas idéias, sem nunca se fechar para a outras.

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  2. Obrigada professora !

    Seguirei sempre seus conselhos..

    beijoo

    Isis

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