quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Depois das Eleições, Surdos-Mudos Falam!

                                                               Brasil Surdo e Mudo.


Antes das Eleições nenhum governador disse abertamente e publicamente para imprensa que era contra a PEC 300 ( Projeto de Emenda Constitucional nº300) que define um piso salarial para os Policiais Civis e Militares do País, ela foi aprovada em 1º turno no final da noite do dia  06 de julho de 2010, na Câmara dos Deputados , faltando votação em segundo turno.

Agora, que todo mundo está com seus cargos públicos e salários acima de 13 mil reais garantidos, é hora de deixar o silêncio, pois já não há mais riscos de perder as eleições. Desta forma, quem estava mudo e surdo se curou automaticamente. Não foi preciso nem ir a um ritual religioso. Acabaram-se as eleições, passaram-se a mudez e a surdez!

 O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) disse:

“É um assunto muito complicado. Eu, pessoalmente, sou contra a aprovação na Constituição de pisos nacionais para as categorias. Isso não está certo. Os estados teriam cassado o seu direito de administração de pessoal.”

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também disse que é contra a votação da PEC 300 neste momento.

Os Policiais militares e bombeiros de todo o Brasil voltaram a ocupar as dependências do Congresso Nacional, em Brasília, para cobrar a votação da Proposta de Emenda Constitucional, lembrando que Michel Temer prometeu que iria colocar em votação a PEC 300 antes da posse da presidente Dilma.

Será que ele ainda lembra-se desta promessa? Quando a votação da PEC foi adiada várias vezes na câmara dos Deputados ele também ficou surdo e mudo (estava preocupado com sua eleição para vice-presidente da República e  importou com quem ganha 1,000,00 ou até menos para sobreviver com suas famílias). O líder do Governo Candido Vacarezza foi quem estava sendo o Presidente de “fato” na Câmara dos Deputados e ele estava defendendo os interesses do governo federal, Lula chegou a afirmar que não podia prometer sem poder cumprir (em Ilhéus/ Bahia no dia 26/03/2010) e como essas declarações repercutiram no meio policial ele também pegou a doença do surdo-mudo, para não prejudicar as eleições de sua sucessora Dilma Rousseff,. Afinal, os policiais militares com suas famílias e amigos representavam uma grande fatia de votos que poderiam ser decisivos para sua candidata.

Então, já sabemos a cura para os surdos-mudos: ser eleito a um cargo público e aguardar a fala e a audição voltar a funcionar automaticamente. Mas aí teríamos outro problema: o impacto financeiro que os lobistas dos planos de saúde teriam ao deixar de ganhar pacientes... E agora? 


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